Dino suspende repasses de emendas para duas ONGs por falta de transparência

Dino suspende repasses de emendas para duas ONGs por falta de transparência

Dino suspende repasses de emendas para duas ONGs por falta de transparência.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino bloqueou o repasse de emendas para duas ONGs por falta de transparência. Associação Moria e Programando o Futuro foram inscritas em cadastros de impedidos. Prazo de cinco dias foi dado à Controladoria Geral da União para se manifestar. Dino exigiu contas específicas para emendas na saúde e atualizações de dados. A decisão ocorre em meio a discussões sobre emendas parlamentares na Câmara.

A medida foi tomada após o fim do prazo estabelecido para que as entidades se manifestassem sobre a conformidade de seus procedimentos. Dino também concedeu um período adicional de cinco dias para que a Controladoria-Geral da União (CGU) se pronuncie sobre o cumprimento dos critérios de transparência e mais dez dias para que as entidades apresentem informações atualizadas sobre os valores recebidos.

O bloqueio ocorre em um momento de discussão intensa sobre a distribuição de emendas parlamentares.

No último sábado (1º), ao assumir a presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta enfatizou a importância de um “Parlamento forte” e do repasse das emendas, tema que promete ser um dos principais pontos de debate em 2025.

Em seu despacho, o ministro destacou que, apesar dos avanços na apresentação dos planos de trabalho das chamadas emendas PIX, é imprescindível que todos os planos sejam inseridos na Plataforma Transferegov.br e devidamente aprovados.

Um diagnóstico do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que, até 9 de dezembro de 2024, 1.080 planos (19,33%) ainda aguardavam elaboração, enquanto 84 transferências (1,50%) estavam em ajuste e 242 (4,33%) estavam em elaboração. Dino também exigiu que o Ministério da Gestão e Inovação atualizasse o status da migração de dados para a mesma plataforma.

Dino suspende repasses de emendas para duas ONGs por falta de transparência

Outro ponto de cobrança do ministro é a necessidade de contas específicas para as emendas destinadas à área da saúde. Dino determinou que o Ministério da Gestão e Inovação apresente uma atualização sobre a implementação dos dados no sistema Transferegov.br, garantindo maior rastreabilidade dos recursos.

Além disso, o ministro estabeleceu um prazo de 10 dias para que o Ministério da Saúde informasse sobre a abertura de contas bancárias específicas para cada emenda destinada à área. Essa determinação, que já havia sido emitida em agosto, visa garantir maior controle sobre os recursos públicos. Dino herdou a relatoria de um processo que declarou inconstitucional o chamado orçamento secreto e tem promovido diversas ações para aumentar a transparência nos repasses de recursos.

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